ALMA GRANDE NO MEU PAÍS 2 © 2008

Fechei-me ao mundo, em silêncio profundo,

Mergulhei o meu olhar na escrita inquieta,

Cada palavra um refúgio, cada verso uma seta,

E numa única certeza, chorei pela humanidade.

Chorei as dores que não se veem, as mágoas ocultas,

As guerras silenciosas, as batalhas internas,

Num papel manchado de lágrimas eternas,

Registando o peso das almas adultas.

Fechei-me ao mundo, mas não ao sentir,

Na escrita encontrei o meu jeito de existir,

E enquanto o mundo girava, distante e frio,

Chorei pela humanidade, no meu canto sombrio.