ALMA GRANDE NO MEU PAÍS 2 © 2008

Estou condenado a esta escrita, um destino maldito,

Uma história que escorre negra, aflita, sem grito.

Tenho de continuar, mergulhar no meu ser,

Mostrar ao mundo o que resta, o que há para oferecer.

Uma festa, talvez, a um semba do fim,

Onde o povo aproveite a dança, se perca em mim.

Mas nas novas, o ritmo não terá a mesma pujança,

Como sei? Porque sou o eco da mudança.

Sou tudo o que se manifesta, na intenção do poeta,

Cada verso, uma revelação, cada palavra é completa.

Mundo, fico mudo, pela tua atitude honesta,

Pois na verdade da escrita, é onde a minha alma se manifesta.