ÚLTIMO CICLO © 2008

Filho de um raio de infinita luz,

Que se reflete na morte, em espelho profundo,

O ancião cicatriza a ferida, o pus,

E vê a vida a apontar mais para o norte do mundo.

O Sul, agora povoado e exausto,

Já não traz novas ambições,

Seu descendente, no silêncio, anseia o salto,

Rumo aos trilhos de ouro e milhões.

Ali, sonha edificar um futuro brilhante,

Onde os seus cresçam livres, sem temores,

Longe do descrente e do intolerante,

Que bloqueiam o curso natural dos sonhadores.

São os loucos, com ideias frescas e audazes,

Capazes de abrir fendas no velho chão,

E, incólumes, tal como infantes vorazes,

Definem o início de uma ingente era, em revolução.