ÚLTIMO CICLO © 2008
Em Cristo, o conselheiro que ao seguro se alia,
A vida orienta, como quem guia,
Deus não cobriu o risco como se esperava,
E os homens, isentos, a pagar a fatura.
A franquia suportada em dor e em paixão ardente,
Uns com a alma aberta, outros com rosto fremente,
Marcados pelas mãos que o amor oscilou,
Entre o desejo e o golpe que o coração calou.
E assim, o mundo mente, em engano profundo,
Um tratado de alma que não sara no fundo.
O corte é vasto, o tempo não remenda,
Será preciso esperar que o universo entenda.
Que na extensão do excesso, o fim pode chegar,
E novos embriões nasçam para criar,
Uma auto inteligência que o mal possa anular,
Hereditário veneno que se há de apagar.
Roendo invisível, na alma do vencedor,
Que se julga eterno no seu próprio esplendor,
Mas até o mais forte, em inocência a vibrar,
É como criança que ao dissabor vai despertar.