ÚLTIMO CICLO © 2008
Caso os rios tivessem vida, seriam mantos correntes,
A cobrir o rasto sinuoso das estradas ardentes.
Alagariam ambições, antes mesmo de nascer,
No ventre das ilusões, sem nunca florescer.
Caso as pedras tivessem alma, seriam rodas pesadas,
Rolando nas tormentas das subidas desgastadas.
Despenhar-se-iam, sem hesitar, no precipício frio,
Antes da consciência do fim, no vazio do início.