ÚLTIMO CICLO © 2008
Herói do mal, em silêncio te ergues,
Na vaidade que cultivas, onde o sal se verte.
Pelas veias da humanidade, escorre o líquido amargo,
Enquanto trituras a dor com o teu fardo.
Teu ar altivo, triunfal, por ora intocável,
Será esmurrado, quebrado, pela palavra incontornável.
A minha mão, firme, em escrita sem temor,
Derruba o teu orgulho, desmascara o teu ardor.
E mesmo que um dia a mão me seja amputada,
Não cesso a luta, não encerro a jornada.
Pois na escrita vive o poder da verdade,
Que esmaga a vaidade e liberta a humanidade.