ÚLTIMO CICLO © 2008

Este olhar baço dos homens, que pesa e entristece,

Faz do mundo um lamento, onde a luz não cresce.

Torna-se universal, como vagens de dor,

Um grito visceral, profundo, sem cor.

Em sepulto sofrimento, cravado nas raízes,

De um desabrochar que a vida contradiz.

A abertura do universo, que um dia há de chegar,

Pela chave do segredo que se ousou calar.

E, no silêncio desse segredo guardado,

Reside a esperança de um futuro iluminado.

Onde o olhar dos homens, um dia, há de brilhar,

E o grito se tornará canto de paz, a brotar.