ÚLTIMO CICLO © 2008
Em entrevista ao imaginário, a questão foi levantada:
Será o brilho do seu solário supremo ou meramente alugada?
A mente, inquieta, cobra o tempo que é finito,
Ou cede eternamente às viagens paralelas, num rito?
Fica calado, junto às ombreiras das janelas,
Como prisioneiro de fronteira, observando as vielas.
Atento, aguarda a fuga iminente,
Sabendo que o destino está à espreita, sempre presente.
Na primeira oportunidade, sairá da ratoeira,
Após comer o queijo e a jinguba, sem beira.
Pois mesmo em silêncio, o desejo persiste,
E o prisioneiro da mente, um dia, enfim, resiste.