ÚLTIMO CICLO © 2008
Ser uma alma iluminada, capaz de registar o sentimento,
É, na verdade, ser alma penada, um ardente condimento.
Que, ao ser usado no prato da vida, em sua essência ferve,
Mas apenas ludibria o paliativo que em si se serve.
No íntimo, a ferida permanece, nua e exposta,
Na ânsia de um curativo que nunca encosta.
Enquanto o ardor tempera os dias que passam,
A alma busca a cura, mas as dores a amordaçam.