SALMOS © 2008

As suas lágrimas, bagos de amor silente,

Afagadas por mãos ternas, embora raras,

Muito antes de conhecerem o esplendor nascente,

Foram semeadas nos corações dos órfãos, sem amarras.

Agora, os frutos, maduros de emoção,

Estão prontos a ser colhidos, vibrantes no coração.

Só falta o sentido, esse fio que une os pontos,

Para que o elo se forme e os laços sejam prontos.

A união, essa promessa aguardada,

É o que dará vida à colheita desejada.

Que o amor, cultivado nas lágrimas de outrora,

Flua livre, e o coração encontre a sua hora.