SALMOS © 2008

As suas dores, Cristo, são as minhas lágrimas,

Vertidas em excesso, como rios de mágoas incontidas.

Não há no universo lenços capazes de as secar,

Pois essas lágrimas pertencem à humanidade sofrida.

Suspensa, a humanidade ficou à espera do meu chorar,

Como se o pranto fosse a chave para a libertar.

Só através dessas lágrimas podem, enfim, erguer-se,

E nas suas vozes, o cântico da libertação fazer-se.

Cantarão em assembleia a ode triunfal,

O mistério de Cristo revelado, a dor final.

E assim, em coro uníssono, será celebrada a redenção,

A humanidade livre, de volta à sua comunhão.