SALMOS © 2008

Entre trompetes, violinos e harpas sagradas,

As melodias gemem notas de fulgor nascidas,

Nas sinfonias visionárias, o amor ainda surge,

Em dó e ré maior, enquanto o espírito se funde.

E eu, em esplendor do Senhor, clamo com paixão,

A palavra esperada, numa hora de intensa comoção.

O fervor enche o ar, e já não sinto a alma pesada,

Pois é o alívio que agora toma a minha jornada.

Aproxima-se a hora, como a esposa em ânsia de núpcias,

A esperar pela madrugada, em doce expectativa.

É a palavra despida de preconceitos e certezas,

A deitar-se, ao seu jeito, em paz e leveza.

Sossegada, ela repousa no colo da verdade,

Pronta para ser partilhada com toda a humanidade.