SALMOS © 2008

Não faço sentido, mas talvez assim seja o meu caminho,

Pois, no silêncio da busca, vou traçando o meu destino.

Quando, enfim, fizer sentido, serei uma taça erguida,

Cheia de néctar, pronta a saciar a sede da vida.

A sede da humanidade, tão profunda e verdadeira,

Será saciada na minha essência inteira.

E quando o último gole for bebido com suavidade,

Virá o tempo sem fim, a doce eternidade.

Nessa hora, o sentido será claro,

O que antes era incerto, agora é raro.

Serei uma taça de amor, e ao mundo oferecida,

Para que, no seu beber, encontre a vida.