SALMOS © 2008
Senti a tua presença, Cristo, mas falta-me a coragem
Para proclamar ao mundo a tua esperança, a Tua mensagem.
Não há em mim desconfiança, apenas um receio discreto,
Talvez seja eu, dançando em compasso incerto.
Os ritmos atuais são dissonantes, distantes,
A partilha em amor não faz parte das canções reinantes.
A nova geração prefere ídolos de plástico e papel,
Figurantes de revistas, de glória frágil e infiel.
Mas sei que há de chegar a hora, o momento de verdade,
Em que serei o cavaleiro do amor, em plena humildade.
Com lança em riste, arremessarei contra a iniquidade,
E no meu coração só restará pureza e vontade.
O que sobrar da humanidade, aqueles que vejam a luz,
Serão salvos pela espada reluzente que me conduz.
E após a última batalha na frente longínqua e distante,
Deixarei a espada, pois já não será necessária a dor constante.
Curarei toda a gente, aqueles que se entregarem,
E na proclamação da palavra terna, novos laços formarão.
Pois o amor será a cura, a redenção ardente,
Na chama quente que em Cristo brilhará eternamente.