SALMOS © 2008

Carrego dentro de mim coisas feias, magoadas,

Arrependidas e tristes, que não são memórias, mas ideias caladas.

Momentos incertos, que na insistência de sofrer,

Não me matam, mas fazem-me crescer e engrandecer.

Com dor e cansaço, sinto a aproximação pública,

Mas em mim já não há espaço para o embaraço.

Tudo o mais esqueço, porque vivi e aprendi,

Porque desisti de resistir, e à vida pedi apenas ter-te aqui.

Num último adeus com brilho no olhar,

Despeço-me de tudo, vou ao encontro do meu lugar.

É hora de ser Teu discípulo, ó Deus,

Ser filho no Teu abraço e seguir os teus céus.

E, como pai da humanidade, abrirei os caminhos com verdade,

Guiando os corações com amor e simplicidade.

Pois na Tua luz encontro o meu propósito,

E na Tua vontade, encontro o meu eterno posto.