SALMOS © 2008

Na lavoura secular, com as mãos na terra e o olhar no céu,

Perscruto os sons mais genuínos, que ecoam como um véu.

São murmúrios antigos, vindos do coração da criação,

A enaltecer o espírito, em constante luta e comunhão.

Sons que elevam a alma, a guiar a mente e o corpo,

A sentir os chamamentos divinos, num toque místico, o sopro.

Cada som, uma nota de força, um chamado ao amor,

A lembrar que na essência da terra habita o esplendor.

Na luta do dia a dia, ouço a melodia eterna,

Que me faz avançar, com coragem, pela vereda interna.

Pois na lavoura da vida, os sons são bênçãos ocultas,

Guiando-me para o divino, onde as verdades são absolutas.