UM GRITO EM LIBERDADE © 2008
A interacção entre os homens pouco me diz,
Sou pela distância mais que profunda
O germinar da terra fértil, uma nova raiz.
E a ignorar ao passar com tudo o que se diz
Que sou e nada fiz, senão criar nesta dimensão
Um espaço para viver em comoção e oração.
Em agradecimento interno
Por passar ao lado do inferno,
Que arde seu calor em jeito terno.
No silêncio, encontro o meu abrigo,
Na solidão, o eco do divino,
Pois é no íntimo que sigo,
Longe do caos e do destino.
Enquanto o mundo se consome em gritos,
Eu sou semente, enraizada em prece,
E no silêncio dos meus ritos,
É onde a alma finalmente cresce.