UM GRITO EM LIBERDADE © 2008

Esta espécie de abandono, tão profundo,

É incomum no ser humano, que se perde,

Navegando em mares de um vago mundo,

Onde a alma, por vezes, já não se percebe.

Afinal, sou discípulo de Cristo, a verdade,

A suportar a humanidade e seu dano,

Carregando em mim a dor e a saudade,

De um amor divino, sereno e soberano.

É no silêncio deste peso que me sustento,

Como quem sabe que o caminho é incerto,

Mas que, na fé, encontra o alento,

Seguindo, ainda que o fim esteja coberto.