UM GRITO EM LIBERDADE © 2008
Cada traço do meu rosto
É um arrependimento sincero,
Marcado no tempo, feito austero,
Que não consigo alterar, nem por um posto.
Em desespero, contemplo a memória,
Onde o amargo desenha seu rasto,
Por ter decorado o sabor do desgosto,
E perdido, entre sombras, a minha história.
Mas na sinceridade do arrependimento,
Há uma verdade que nunca se apaga,
Mesmo que o rosto carregue o tormento,
O coração, aos poucos, ainda se alaga.