UM GRITO EM LIBERDADE © 2008

Não sei o que fazer de mim,

Renego os modelos atuais,

Vejo a vida passar-me ao lado,

Como se fosse um eco, sem fim.

Não sei para o que vim,

Rejeito os sistemas incultos,

Que prometem o que não é puro,

E distorcem o futuro, em vão.

A evolução, um fado distorcido,

Mas um fado diferente do original,

Com um timbre corrupto, abafado,

Que se vê, mas não se canta em público,

Uma sombra do que é essencial.

Perco-me na incerteza do caminho,

Enquanto o mundo avança cego,

Eu fico preso num desígnio,

Que à verdade jamais se entrega.