UM GRITO EM LIBERDADE © 2008

Bem-vindo a casa, meu amor,

Palavras que nunca mais ouvirei,

Só tenho leito para receber a dor,

Entre os pilares, desfeito serei.

Com o passar, sujeito ao tempo,

Nos alicerces reforçados da alma,

Resiste a solidez ao longo sopro do vento,

Que balança, mas não tira a calma.

Na distância, fica o sentimento,

Nunca esquecido, sem ilusões,

E longe de qualquer fingimento,

Que ludibrie os frágeis corações.

O cérebro, em pleno pensamento,

Tenta decifrar o segredo escondido,

Nos mistérios do eterno casamento,

Entre o amor e o silêncio contido.