UM GRITO EM LIBERDADE © 2008

Quem é ignorante é feliz,

E quem é feliz é ignorante,

E eu, que não sou o primeiro

Nem o segundo, o que serei?

Talvez algo que nunca considerei,

Agora penso na possibilidade

De realmente ser o último e Rei,

Sem castelo ou trono de vaidade.

O conquistador da verdade,

Que à deriva andou sofrida,

Sem vontade, pela mão da maldade,

Mas encontrou a luz na sua ferida.

Serei, então, o errante sem coroa,

Que ao perder tudo, se libertou,

Pois na sombra onde a dor ecoa,

Foi onde o coração finalmente reinou.