UM GRITO EM LIBERDADE © 2008
Os gritos retumbantes e majestosos
Vociferam nos labirintos sem fim,
Pelas catacumbas dos lendários castelos,
Derivam na procura incansável de mim.
Perdidos, nunca ouvem o retorno dos ecos,
Neles está o segredo, oculto e velado,
O código que abre as portas de ferro,
Que encarceram a alma no degredo, selado.
Enclausurada num infindável desterro,
A alma vagueia, sem rumo ou guarida,
E a cada passo, em silêncio severo,
Resta-lhe somente ser a consciência em erro.
No erro, encontra-se a chave esquecida,
Mas o caminho é longo e desfeito,
Pois o que busca não está na partida,
Mas no retorno ao próprio peito.