UM GRITO EM LIBERDADE © 2008
As minhas insónias
São os sonhos que me visitam
Em horas incertas de agonias,
Onde a noite se alonga, infinita,
E a mente, inquieta, se agita.
Num leque de tentativas frustradas,
Os sonhos que se transformam,
Ao imitar a vida em alegorias,
Desfazem-se em sombras erradas,
Deixando-me preso em suas fantasias.
Cada imagem que surge, distorcida,
É um reflexo do que poderia ter sido,
Mas nunca foi, apenas espreita, escondida,
Nas profundezas do sono, perdido.
E assim, na vigília forçada,
Encontro-me à mercê da mente,
Que, na ausência do descanso, desafiada,
Cria mundos que não posso tocar,
Mas que, na solidão, me fazem pensar.