UM GRITO EM LIBERDADE © 2008

Nada há de errado em mim,

Somente um chorar tridimensional,

Que se desdobra em camadas sem fim,

E ecoa no espaço emocional.

É um choro que transcende o visível,

Que toca nas dores do passado,

No presente incerto, imprevisível,

E no futuro ainda não alcançado.

Cada lágrima, uma faceta do sentir,

Uma dimensão do meu existir,

Que, ao mesmo tempo, revela e oculta,

O que em silêncio a alma exulta.

Não é fraqueza, nem erro a corrigir,

Mas a profundidade de quem vive a refletir,

Pois na vastidão deste choro interior,

Encontro-me a mim mesmo, em pleno fervor.