UM GRITO EM LIBERDADE © 2008
Os poemas não têm princípio ou fim,
São eternos na sua essência fluida,
Somente um meio, onde as palavras,
Dançam no campo da dúvida,
Questionando a razão de sermos não e sim.
Cada verso é um fragmento do todo,
Uma busca incessante pelo sentido,
Um eco das perguntas sem resposta,
Que habitam o silêncio incontido.
É no meio que a poesia respira,
Que as palavras se encontram e se perdem,
Desafiando o tempo, desafiando o espaço,
A explorar o que em nós arde e persiste.
Não há início claro, nem conclusão,
Somente o fluxo contínuo da criação,
Onde o sim e o não coexistem,
Numa dança eterna de contemplação.