ALIANÇA © 2010
Nesta Babel renascida e corruptora,
De almas suplicadas ao eterno triunfo,
Surgirá um tempo, sem tempo para corrigir,
O que milénios, antes e durante, não conseguiu.
No caos ergue-se a sombra da promessa,
Onde o verbo se perde na multidão.
Mas há na brisa um murmúrio, uma prece,
Que rasga o céu na mais pura devoção.
O que restará, senão a essência esquecida,
Que nem poder, nem glória ousaram tocar?
Seremos apenas pó na infinita corrida,
Ou a luz que, ao final, se há de libertar?
Nesse silêncio profundo, onde o grito calou,
Renascem os corações, livres de dor.
E no eco da verdade, que a alma entoou,
Encontraremos, enfim, o eterno amor.