REFLEXÕES © 2011
As lágrimas,
Feito folhas desfeitas ao vento,
Caem no silêncio do meu tormento,
Rasgando o interior do meu coração.
São uma corrente sanguínea rara,
Que corre por veias de dor e saudade,
Num fluxo lento que nunca pára,
Alimentando uma estranha realidade.
Cada gota carrega um pedaço de mim,
Desfazendo memórias que já foram cor,
E nesse rio de lamento sem fim,
Vejo a fragilidade do meu próprio amor.
As lágrimas são palavras sem voz,
Ecoando num coração que já foi nós.