REFLEXÕES © 2011

A vida só tem sentido

No instante breve em que é vivida,

Um suspiro que, ao ser sentido,

Deixa marcas na alma ferida.

Depois, somente uma ténue visão,

Um eco distante do que não foi,

Do que poderia ter sido a canção

Que o destino, em silêncio, destrói.

E o que ficou naquela estrada,

É um rastro invisível, um grito calado,

Para todo o sempre, a sombra guardada

Do que o tempo deixou abandonado.

Feita o nada, sem forma ou direção,

Perdida na vastidão da recordação.