REFLEXÕES © 2011
O saber que a nossa história
Será a de um livro triste e real,
Onde as palavras pesam como memória,
E os capítulos se desenrolam sem final,
Faz com que eu seja uma criança,
Que, na sua inocência, tudo esquece,
Vive no agora, sem a lembrança
Do que o futuro, inevitável, tece.
Sem que verdadeiramente o veja,
Carrego o fardo de quem compreende,
Que a vida, embora breve e já desfeita,
É uma história que, no silêncio, se estende.
E assim sou, perdido em devaneio,
A criança que finge, mas carrega o enredo inteiro.