REFLEXÕES © 2011
Sinto a tua vergonha como minha,
Pois conheço bem esse peso no peito,
Também traí o meu coração,
No momento em que mais lhe faltou respeito.
Na pior altura, quando o silêncio clamava,
Fiz ouvidos moucos ao seu grito,
E agora, nessa sombra que não acaba,
Carrego o fardo do que foi dito.
Mas a tua dor, espelho da minha,
Une-nos no mesmo destino incerto,
E talvez, no meio dessa neblina,
Possamos encontrar um caminho mais perto.
A vergonha é pesada, mas é nossa,
E juntos, quem sabe, ela se torna menos grossa.