REFLEXÕES © 2011

E agora o sangue esvai-se em dor,

Fluindo lento, marcado pelo pranto,

Sem que o amor, outrora tão forte,

Consiga torná-lo estanque, como um manto.

As feridas abertas não encontram cura,

E o coração, cansado, já não bate com fervor.

O que antes era vida, agora é agrura,

Um rio de mágoas que apaga o calor.

O amor tenta, mas o laço está partido,

E o sangue escorre, levando a esperança.

O silêncio ecoa, o sonho está perdido,

Restando apenas a ausência, sem aliança.

Mas talvez, no fundo desse abismo,

Ainda reste uma centelha, uma luz,

Que possa reacender o altruísmo

E resgatar o amor que nos conduz.