REFLEXÕES © 2011

Em jeito de defesa pessoal

Vivem na mentira, as palavras,

Escondendo o que é real,

Tornando a vida estranha, amarga.

Fingem verdades que não existem,

Vestem-se de falsos brilhos e cores,

Mas, por dentro, silenciam as dores

De quem já não sabe o que sente ou persiste.

Não dando conta da sua condição,

Destroem qualquer aproximação,

Erguem muros de ilusões vazias,

E afastam quem por amor se guia.

E assim, lançam por terra a verdade,

Fazendo dela poeira cética,

Que se dispersa ao vento da tristeza,

Perdendo-se na sombra da incerteza.

Pois na mentira não há solidez,

Apenas ecos de uma alma perdida,

Que, sem saber, nega a sua própria vida.