REFLEXÕES © 2011
Feito um ladrão do amor,
A pernoitar em silêncio,
Na cama fria da vergonha,
Onde o eco das promessas quebradas
Sussurra verdades que o coração sonha.
No escuro, o arrependimento pesa,
Como um manto invisível, mas denso,
E o amor que roubei, sem saber cuidar,
Transforma-se em cinzas no meu pensamento.
A cama da vergonha, forrada de solidão,
Recebe o corpo, mas nega o perdão.
E assim, no vazio, permaneço,
Feito um ladrão que esqueceu o preço
Do amor puro que um dia já teve valor,
Mas que agora se perde, distante do calor.