REFLEXÕES © 2011

O poeta vai nu, despojado de tudo, sem máscaras ou véus,

Ofereceu todos os poemas à humanidade,

Derramou a sua alma em palavras eternas,

E ninguém soube aconchegar a sua verdade.

Cada verso era um pedaço do seu ser,

Uma confissão de amor, dor e esperança,

Mas o mundo, distraído, passou ao largo,

Deixando-o sozinho, envolto em silêncio e lembrança.

Ele deu tudo, sem nada esconder,

Mas quem o leu, não compreendeu o peso,

De uma alma que, nas entrelinhas, sofria,

Esperando um abraço, um gesto, uma alegria.

Agora, o poeta caminha nu,

Pelas ruas vazias da indiferença,

Ainda sonhando que, um dia, alguém

O acolherá na sua essência.