REFLEXÕES © 2011
Sinceramente, estou cansado de ser,
Uma marioneta nas almas do poeta,
Movido por fios que não consigo ver,
Preso em palavras que a mente completa.
Os poetas tecem-me, moldam-me em versos,
E eu, sem voz própria, danço no enredo,
Sou figura nos sonhos e nos universos
Que eles criam, mas nunca revelam o medo.
Cansado de ser o reflexo de outros,
De viver as emoções que não são minhas,
De ser o eco de vozes distantes,
Enquanto a minha própria alma definha.
Quero romper os fios, ser livre enfim,
Viver a minha verdade, encontrar o meu fim.
Ser mais que uma marioneta, um ser inteiro,
Caminhando ao som do meu coração verdadeiro.