REFLEXÕES © 2011

Choro-te com a emoção

De um prisioneiro arrependido,

Choro-te, porque o coração

Não foi capaz de ser ouvido.

Ficou em silêncio,

Sentado no banco dos réus,

Onde o peso da culpa e da dor

Se fez ouvir em murmúrios e véus.

O prisioneiro lamenta a sua pena,

Não pela liberdade perdida,

Mas pela voz que nunca encontrou

O caminho para ser entendida.

E assim, o silêncio ecoa,

Como um castigo severo e profundo,

Enquanto o coração, aprisionado,

Sufoca sob o peso do mundo.