REFLEXÕES © 2011
Que baile, que bailinho que te deram!
A mentira em jeito de arraial,
Ornamentada com serpentinas.
E, nas danças prediletas,
As mulheres feitas cadelas famintas,
Em busca de um prazer efémero,
No festim da falsidade e das máscaras.
O baile é um desfile de ilusões,
Em que cada passo esconde uma verdade distorcida,
E a festa, com as suas cores e brilhos,
É apenas uma fachada para a desilusão escondida.
Assim, o arraial da mentira se desenrola,
Com serpentinas a encobrir o vazio,
E as danças, carregadas de desejo,
Revelam a fome insaciável de um mundo sombrio.