REFLEXÕES © 2011
Na despedida, o seu olhar seguiu-me até ao fim,
Como uma última carícia, suave e sem som,
E na distância, o vazio que se abriu assim
Era preenchido por esse olhar que ficou em mim, tão bom.
Secretamente, em silêncio, continuou dentro de mim,
Como uma chama que nunca se apaga,
E mesmo longe, sinto-te sempre assim,
Presente em cada passo, em cada nova saga.
Nos cantos profundos da minha solidão,
O teu olhar faz morada, sem alarde,
Como um segredo guardado no coração,
Que me acompanha, mesmo que a vida tarde.