CARTAS AO DESTINO © 2012
O mundo, feito canteiro de bombas, outrora plantadas,
Agora colhe os corpos, alheios à sua vontade,
Sementes de destruição que florescem no silêncio,
Numa terra que esqueceu o valor da verdade.
Feito chuva, os meteoritos iluminam o céu,
Mas não como estrelas que guiam à esperança,
São luzes sombrias que anunciam o fim,
Arrastando a humanidade numa triste dança.
Guiando-nos, sem piedade, para o precipício,
Onde o futuro parece desvanecer,
E, entre as chamas e os destroços,
O que resta da inocência começa a perecer.
Mas mesmo nas trevas mais densas,
Há quem veja além da escuridão,
E, na última centelha de vida,
Busque em Deus a redenção.
Pois, ainda que o mundo se desfaça,
Há uma luz que não se apaga no caos,
Uma esperança que resiste ao abismo,
E um amor que nos salva dos nossos próprios maus.