CARTAS AO DESTINO © 2012

Nas plantações infinitas de algodão, semeadas por Deus,

Serenamente descansam as almas eternas,

Em suaves campos de paz e luz,

Onde o tempo se dissolve e a essência se interna.

Mas, por vezes, são rasgadas pelos aviões a jato,

Que cortam o céu com seu ruído feroz,

Disturbando o silêncio sagrado,

Como ecos de um mundo que se perdeu de nós.

E pelos olhares curiosos que espreitam pela janela,

Tentando alcançar o que não podem ver,

Buscam entender o mistério das alturas,

Onde as almas repousam, sem nada temer.

Esses momentos de distúrbio breve

Não podem quebrar a serenidade profunda,

Pois nas plantações de Deus, o eterno floresce,

E o que é passageiro, no fim, se afunda.

Assim, mesmo que os aviões rasguem o céu

E olhares curiosos tentem espreitar,

As almas, em sua paz infinita,

Sabem que nada as pode abalar.