CARTAS AO DESTINO © 2012
Quem diria que haveríamos
De cometer tantos erros!
Em cada passo, uma falha,
Como pedras soltas nos desterros.
O ciclo errante da vida,
Que nos prende em sua espiral,
Agrava-se continuamente,
Num rumo incerto e desigual.
Por mais que tentemos acertar,
Parece que o erro nos persegue,
E o que nos parecia tão claro
Se desfaz, à medida que se segue.
Mas talvez seja na imperfeição
Que a essência se revele,
Pois só quem tropeça entende
A força de quem se repele.
E, no agravo do ciclo infindo,
Há sempre a esperança escondida,
De que um dia, entre os erros,
Descubramos o sentido da vida.