CARTAS AO DESTINO © 2012

As novas tecnologias,

São o reflexo da impotência

Da humanidade evoluir como ser,

Presas na sua própria carência.

Criamos máquinas que pensam por nós,

Enquanto o espírito se perde na pressa,

Substituímos o diálogo interior

Pela frieza que a tela nos confessa.

Buscamos na técnica o progresso,

Mas esquecemos o essencial,

Que é evoluir como seres humanos,

Num caminho mais espiritual.

As novas tecnologias são espelhos

De um vazio que não conseguimos preencher,

Onde o avanço é material,

Mas a alma não sabe crescer.

Assim, corremos para o futuro,

Com aparelhos nas mãos,

Mas o que falta, de verdade,

É o toque entre corações e as emoções.

Talvez, um dia, percebamos

Que a verdadeira revolução

Não está nas máquinas que criamos,

Mas na transformação do coração.