CARTAS AO DESTINO © 2012
No dia em que sentires como minha
A dor alheia, saberás quem sou.
Verás que o que me move e me molda
É o sentir profundo, que em silêncio ecoou.
E, se um dia a sentires como tua também,
Se a dor do mundo for tua ferida,
Então, nesse instante, sem palavras,
Serás minha alma gémea, renascida.
Porque o que nos une não é só amor,
Mas a compaixão que atravessa o tempo,
O sentir do outro, tão profundo,
Que nos faz partilhar o mesmo alento.
Serás minha alma gémea,
Não pelo que somos, mas pelo que sentimos,
Numa partilha sem fim,
Onde, juntos, a dor redimimos.