CARTAS AO DESTINO © 2012

Senhor, perdoa-me por ousar-te tanto,

Por clamar-Te em cada suspiro,

Mas o meu coração anseia-Te,

E transborda de emoção, num choro contínuo.

Não consigo conter esta sede,

Este desejo profundo de estar em Ti,

É como se a minha alma gritasse,

E em cada lágrima, eu Te senti.

Perdoa-me se Te peço incessante,

Mas é que a Tua ausência me dói,

E o Teu silêncio ecoa em mim,

Como se o mundo todo se desfaz e se reconstrói.

Eu choro, Senhor, não de tristeza,

Mas de um amor que não consigo medir,

De um anseio por Te tocar,

Por Te ver, por Te ouvir.

Mesmo que eu ouse, mesmo que eu clame,

Sei que em Ti, sempre encontrarei abrigo,

Pois o meu coração não conhece outro caminho

Que não seja o de Te buscar, infinito.