CARTAS AO DESTINO © 2012
Os sons que caem do piano
São lágrimas vestidas de veludo e seda,
Suaves, delicadas, deslizam pelo ar,
Como se contassem segredos que o coração enreda.
Mas nas horas mais íntimas,
Quando a noite é densa e o silêncio profundo,
Os violinos, ciumentos, rasgam o espaço,
Com notas agudas que ferem o mundo.
É um diálogo de emoções contidas,
Onde o piano chora com doçura,
E os violinos, em sua paixão arrebatada,
Transformam a serenidade em loucura.
Juntos, criam uma melodia intensa,
Feita de contrastes, de dor e beleza,
Onde cada nota, seja de seda ou rasgão,
Reflete a alma humana em toda a sua pureza.