CARTAS AO DESTINO © 2012

Por vezes, a vida acaba por não necessitar de muito esclarecimento,

Flui como um rio que segue o seu curso,

Deixa-se levar pela corrente,

Mesmo que a água não seja sempre pura, nem o caminho seguro.

Há momentos em que as perguntas ficam sem resposta,

E o entendimento se dissolve no movimento,

Pois a vida, em sua simplicidade complexa,

Nem sempre exige o consentimento.

Seguimos, muitas vezes, sem saber ao certo,

Confiando no que o destino nos reserva,

E, mesmo que a água seja turva,

Ainda há beleza no que a jornada preserva.

Nem sempre é preciso compreender tudo,

Às vezes, basta apenas sentir e seguir,

Aceitar que a vida também se desenha

Nos mistérios que não conseguimos definir.