CARTAS AO DESTINO © 2012

Diplomacia e democracia,

As novas prostitutas disfarçadas,

Que, entre as sociedades corruptas,

Deslizam suaves, mas armadas.

São promessas de diálogo e justiça,

Mas, muitas vezes, vazias de verdade,

Escondem sob o manto da retórica

O jogo sujo da ambiguidade.

Diplomacia, que deveria ser ponte,

Torna-se estratégia para encobrir,

E a democracia, tão idealizada,

É manipulada até se deixar fingir.

Entre discursos e acordos,

O poder corrompe o seu valor,

E quem deveria servir ao povo

Usa as palavras para esconder o fervor.

Assim, nas mãos dos corruptos,

Diplomacia e democracia se tornam máscaras,

Que disfarçam o que há de podre,

Num teatro de ilusões plásticas.