CARTAS AO DESTINO © 2012

Um dia, as nações viverão em estado de sítio,

Presas na teia de seus próprios erros,

Onde a paz será apenas memória distante

E o medo caminhará nas ruas em destroços e desterros.

As fronteiras que antes delimitavam terras

Serão invisíveis sob o caos espalhado,

E o que restará será o eco

De um mundo que se perdeu no passado.

Mas talvez, nesse colapso inevitável,

Surja também uma nova esperança,

Pois, às vezes, é no limite da escuridão

Que o ser humano reencontra a mudança.

As nações, em estado de sítio,

Sentirão o peso das suas escolhas,

Mas um dia, talvez, da ruína se levante

A verdade que a todos acolha.

E quem sabe, desse fim anunciado,

Nasça a semente de uma união,

Onde as nações, livres do orgulho,

Viverão enfim como uma só nação.