CARTAS AO DESTINO © 2012

O castigo que Deus vos deu

É serem eternamente corruptos,

Presos nas teias da própria ambição,

E, na vossa soberba pedestal,

Ignorais o verdadeiro peso da vossa condenação.

A corrupção, que julgam ser poder,

É, na verdade, a vossa maior fraqueza,

Pois cada ato de ganância e desdém

Afasta-vos mais da verdadeira grandeza.

Na cegueira da soberba, não veem,

Que o castigo não é um fardo imposto,

Mas uma escolha feita por vossas mãos,

Que vos aprisiona num ciclo sem rosto.

E enquanto ignoram o significado profundo,

Deus observa em silêncio, paciente,

Pois a justiça divina não se apressa,

Mas no fim, sempre se faz presente.

O verdadeiro castigo não está no fim,

Mas na vida vazia que cultivais,

Pois, ao viverdes para o vosso próprio ego,

Perdeis a alma que nunca mais achareis.